Minha história começou cedo. Aos dez anos, assisti a uma palestra do meu pai, ginecologista, para cerca de 40 mulheres na minha escola. Eu via nos olhos delas o impacto de cada palavra sobre o papel dos hormônios na saúde. Fiquei fascinada com essa orquestra invisível que conduz o corpo feminino desde a puberdade, passando pela gestação, até o climatério.

Aprendi ali que os hormônios não são apenas substâncias químicas: são protagonistas da nossa história. Aos 12, eles transformam meninas em mulheres. Na gravidez, preparam o corpo para gerar vida. Na menopausa, exigem de nós uma nova adaptação.

O tempo passou, vivi cada uma dessas fases, e confirmei o que meu pai dizia: a menopausa não define quem somos, apenas encerra a função reprodutiva. Com cuidado, informação e acompanhamento certo, é possível atravessar essa fase com saúde, autoestima e plenitude.

Hoje, mais que médica, sou aliada das mulheres que querem se reencontrar e aproveitar cada capítulo dessa jornada. A semente plantada naquela palestra se tornou minha missão: ajudar mulheres a viverem todas as fases da vida com saúde, liberdade e felicidade.