A menopausa é a interrupção da menstruação. Ela ocorre porque, com o passar do tempo, os ovários vão ficando mais velhos e começam a parar de produzir os hormônios sexuais. É o marco do fim da fase reprodutiva da mulher. A menopausa geralmente aparece a partir dos 40 anos de idade, mas o mais comum é surgir por volta dos 50.
As pessoas falam sobre a menopausa como se ela fosse uma fase duradoura, mas ela representa um evento bem específico, que é a descida da última menstruação. A menopausa é confirmada, de fato, apenas 12 meses após esse episódio.
O que é o climatério?
A fase que muita gente confunde com a menopausa é, na verdade, o climatério. Essa definição compreende todo o processo de encerramento da fase reprodutiva, desde o início das alterações hormonais até o fim da vida da mulher.
O climatério é uma longa transição, em que os níveis de hormônios sexuais caem drasticamente. A parada da produção do estrogênio e da progesterona provoca uma série de alterações físicas. Nessa interrupção súbita, o organismo precisa se adaptar à nova situação, e isso traz consequências.
Nem sempre é uma transição tranquila. Há mulheres que têm sintomas leves, outras se incomodam um pouco mais, e há as que sofrem de forma mais intensa. Para esses casos, existem tratamentos que dão maior qualidade de vida à mulher nessa fase.
Sintomas da menopausa
O principal sintoma que anuncia a chegada menopausa é a irregularidade do ciclo menstrual. Nessa etapa de baixa produção de hormônios, a menstruação pode:
- Ser mais longa ou mais curta do que o normal
- Sumir por alguns meses, ou vir em ciclos mais ou menos extensos ou reduzidos
- Ter fluxo mais ou menos intenso que o habitual
Além da alteração no ciclo menstrual, um dos relatos mais comuns são os calores muito fortes, também chamados de fogachos. A sensação é de afogueamento, o peito e o rosto ficam avermelhados, o suor aparece repentinamente, e pode incomodar bastante. Esses eventos são mais intensos à noite, o que dificulta o sono.
Além disso, há outras alterações, como:
- Secura de pele
- Secura vaginal
- Perda de libido
- Cansaço
- Irritabilidade
- Indisposição
- Perda de forca física
- Tendência ao acúmulo de gordura abdominal
- Tendência a desenvolver quadros de depressão, entre outros.
Outras condições associadas à menopausa podem ser: osteoporose, devido à baixa produção do estrogênio; elevação de níveis de colesterol e aumento do risco de doenças do coração.
Tratamentos para menopausa
O tratamento para os sintomas mais severos da menopausa é a reposição hormonal. A indicação deve ser feita por um profissional da saúde, pois há condições clínicas que merecem uma atenção maior, como obesidade, pressão alta, diabetes ou predisposição para câncer de mama.
A forma de administração do hormônio é um fator determinante para promover o alívio dos sintomas do climatério. A reposição pode ser feita por administração local (vaginal) ou sistêmica (oral e transdérmica).
Em geral, são comprimidos feitos à base de estrogênio e que devem ser tomados todos os dias. É a opção mais recomendada para quem tem taxas altas de colesterol, mas pode oferecer riscos de trombose venosa, além de irritar o sistema digestivo. É um dos métodos mais comuns, mas está perdendo espaço para as outras formas de administração hormonal.
Aplicado diretamente sobre a pele do abdome ou das coxas, pode prevenir a osteoporose em mulheres com risco elevado de fraturas. Na consistência de gel, também existem produtos para ser aplicados na vagina, para amenizar a secura vaginal decorrente da menopausa.
Os adesivos são uma alternativa para as mulheres hipertensas, que tenham risco de trombose venosa ou que apresentam níveis elevados de triglicérides. Assim como o gel, não atacam o estômago ou o fígado, o que pode ser um alívio para muitas mulheres.