Métodos Contraceptivos

Os métodos contraceptivos são mecanismos essenciais para o planejamento familiar. Existem uma grande variedade de formas de evitar a gravidez, e é preciso conhecê-las para escolher a melhor opção para o seu caso.
Antes de tomar a decisão de qual método usar, é preciso conversar com o ginecologista ou profissional da saúde para avaliar as condições do organismo da mulher, seus hábitos e estilo de vida.

Procure informações sobre os diferentes métodos e tome a decisão de forma segura. Existem riscos e benefícios em todos os métodos e que variam para cada mulher. Vamos apresentar os principais métodos contraceptivos e como eles agem no organismo.

Métodos Contraceptivos

PÍLULA

É o método contraceptivo mais usado no mundo. A pílula contém dois hormônios, que são produzidos naturalmente pelo ovário: estrogênio e progesterona. A ingestão dessas substâncias inibe a ovulação.

Existem diversos modelos: o de uso contínuo, estendido, 21, 24 e 28 dias. São chamadas monofásicas, minipílulas ou multifásicas. No primeiro mês do uso, a mulher deve tomar a primeira pílula no primeiro dia da menstruação ou, no máximo, até o quinto dia. Depois, toma uma pílula a cada dia.

A forma de administração varia conforme o tipo de pílula. No caso da pílula de 21 dias, a mulher faz uma pausa de 7 dias e, depois, retoma o uso diário até acabar a cartela, e assim sucessivamente. Nos demais casos, é preciso seguir a orientação contida na bula. A decisão sobre qual tipo de pílula é melhor para você deve ser tomada em conjunto com o médico.

Por ser de administração oral, a pílula passa pelo sistema digestivo antes de entrar na corrente sanguínea. Se a mulher tem problemas no fígado ou no estômago, deve evitar esse método.

ANEL VAGINAL

O anel vaginal é feito de um material parecido com o silicone, chamado etilenovinilacetato. Ele contém dois tipos de hormônios, que são liberados aos poucos no organismo da mulher. Fica em uso durante 3 semanas e depois pausa por 7 dias.

Para inserir, a mulher deve procurar uma posição agradável – em pé com um dos pés apoiados num banco, por exemplo. Ela aperta o anel e o introduz na vagina, empurrando até se encaixar. A presença do anel não interfere na relação sexual, e a ocorrência de efeitos colaterais é baixa.

DIU
Trata-se de uma estrutura em formato de “T” inserida no útero da mulher por um médico. É um método bastante eficaz e duradouro. Atualmente, existem modelos compatíveis para adolescentes e com diferentes tempos de duração: 3, 5 ou 10 anos.
DIU NÃO HORMONAL

O material pode ser feito de cobre ou cobre com prata. O uso é intrauterino, e a aplicação deve ser feita após avaliação da paciente. Em geral, é realizado no próprio consultório, sem necessidade de afastamento das atividades diárias. É ideal para pacientes que se sentem bem com seu período menstrual e não necessitam de tratamento hormonal, mas desejam uma anticoncepção segura.

O DIU torna o ambiente uterino menos convidativo aos espermatozoides, pois dificulta a circulação dos gametas masculinos, impedindo-os de chegar aos óvulos. O cobre é um espermicida natural e, além disso, impede que o óvulo se fixe no endométrio, no caso de ser fecundado.

DIU HORMONAL - MIRENA

A diferença do DIU com hormônios é que ele libera o progestagênico e inibe o desenvolvimento do endométrio. É uma boa alternativa para quem tem endometriose.

Tem duração de 5 anos e é bastante eficaz no tratamento de fluxo aumentado, miomas e adenomiose. Ele pode reduzir o fluxo da menstruação ou, até mesmo, interrompê-lo. Portanto, é indicado para as mulheres que sofrem com cólicas.

A mulher que usa o DIU além dos 45 anos pode mantê-lo no útero até chegar a menopausa, quando não precisará mais de método contraceptivo.

HORMÔNIOS INJETÁVEIS

Os hormônios injetáveis são inseridos por meio de agulha e seringa no músculo da mulher. À medida que o tecido é irrigado com sangue, a substância injetada passa a circular gradualmente pelo corpo. A aplicação pode ser feita nos braços ou no bumbum.

Existem dois tipos principais: um deles contém os hormônios estrogênio e progestagênio, e deve ser administrado todos os meses. O outro leva apenas a progesterona sintética, e precisa ser injetado a cada três meses. Pode causar inchaço no corpo e deixar o ciclo menstrual irregular.

IMPLANTES HORMONAIS

O implante tem aproximadamente as dimensões de um palito de fósforo. Pode ser aplicado no braço ou nas nádegas, em um procedimento realizado em consultório e com anestesia local. As doses de hormônio são liberadas aos poucos no sangue. Ele pode interromper a menstruação. No entanto, há casos em que os sangramentos ficam irregulares.

O tratamento ministrado por implantes hormonais apresenta muitas vantagens em relação aos outros métodos. Uma delas é a praticidade e a segurança no método contraceptivo, ao contrário da administração oral diária, que pode ser interrompida em função do esquecimento da paciente. Dependendo do implante, ele pode durar de 6 meses a 3 anos.

Outro fator positivo é que a substância é liberada diretamente na corrente sanguínea, evitando assim efeitos indesejáveis como enjoo, dores de cabeça e enxaquecas, característicos dos medicamentos compostos de hormônios.

Também tem o fator de melhora na qualidade de vida, pois a técnica pode diminuir os efeitos da tensão pré-menstrual (TPM). No entanto, isso depende muito de como cada paciente reage aos componentes do implante.

Como são aplicados os implantes hormonais?

Os segmentos de tubo microporoso de silicone, contendo em seu interior uma substância hormonal composta por um progestínico, são aplicados sob a pele da paciente de acordo com o tratamento indicado.

O hormônio contido na cápsula vai sendo liberado gradativamente. A colocação é feita em consultório, com a ajuda de um aplicador. O procedimento não dura mais que 10 minutos.

Quais os tipos de hormônios?

Existem implantes de diferentes tipos de hormônios, que são usados conforme a indicação de cada paciente. Os mais indicados são listados a seguir.

PRESERVATIVO MASCULINO E FEMININO

A camisinha é o método mais eficaz para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Se bem utilizada, tem eficácia de 98% das relações sexuais. Existem os modelos masculino e feminino.

O modelo feminino deve ser inserido na vagina entre 15 e 30 minutos antes da penetração, e retirado até 6 ou 8 horas depois. No caso do masculino, o preservativo é colocado com o pênis ereto e deve ser retirado logo após a ejaculação.

Importante lembrar que os preservativos nunca devem ser usados em conjunto. O casal deve optar por um dos dois. Caso contrário, a fricção entre os materiais pode provocar rompimento.

LAQUEADURA

A laqueadura é um procedimento permanente de esterilização feminina. Por meio de uma cirurgia, é feita a ligação das tubas uterinas – também chamadas de trompas de Falópio – e isso impede que os espermatozoides encontrem o óvulo. Existem dois tipos de laqueaduras: a abdominal e a vaginal.

Esse método para impedir a gravidez é regulamentado por legislação. A lei 9263/96 trata do planejamento familiar como um todo, define os critérios para quem pode realizar a ligadura das trompas e em quais situações. Basicamente, podem fazer a cirurgia:

O procedimento pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem cobertura de planos de saúde, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde que sejam observados os critérios citados.

VASECTOMIA

A vasectomia é um método de esterilização masculina. É realizada com anestesia local e sem necessidade de internação. A cirurgia é simples, resumindo-se à ligadura dos canais deferentes, por onde passam os espermatozoides.

Assim como a laqueadura, existem critérios que devem ser obedecidos para que o homem passe por esse procedimento. É preciso ter mais de 25 anos e, pelo menos, dois filhos vivos.

Os pacientes que se candidatam precisam ter capacidade civil plena. Deve ser respeitado o prazo de 60 dias entre a decisão e a realização da cirurgia, para que o homem possa receber as devidas orientações e avaliação psicológica. Essa condição também vale para as mulheres que querem fazer laqueadura.

Conclusão

A escolha do melhor método deve ser feita em conjunto entre a mulher e o ginecologista. Devem-se considerar as condições da saúde da paciente e seu estilo de vida. As opções são variadas e certamente haverá a melhor indicação para o seu caso.

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