Envelhecimento e qualidade de vida

Não seja uma estranha diante do espelho! Existem seis mitos sobre a velhice:

  1. Que é uma doença, um desastre;
  2. Que somos estúpidos;
  3. Que não transamos;
  4. Que somos inúteis;
  5. Que somos impotentes; e
  6. Que todos somos iguais.

A lista que indignava a ativista norte-americana Maggie Kuhn (1905-1995) também incomoda você? Ou é algo tão “normal” na sua perspectiva de futuro que pouco importa: você simplesmente aceita e observa, da sua janela, a vida vibrando lá fora?

Depois da aposentadoria compulsória em 1970, Maggie não se acomodou. Em certa ocasião, disse: “Eles me deram uma máquina de costura, mas eu nunca abri. Eu estava muito ocupada.”

E devia estar mesmo, fundando o Movimento Panteras Cinzas, criado para defender os idosos e, mais tarde, engajado na luta contra a injustiça, a discriminação e a opressão nos EUA.

Tudo bem que você não queira liderar um movimento social – e nem é isso o que eu vou propor, mas quero chamar a atenção para o conformismo a respeito do envelhecimento.

Envelhecer é normal, sabemos. O que não pode ser normal é achar que a falta de energia, de vitalidade, de libido e de tesão pela vida faz parte dessa fase e deve ser aceita sem qualquer relutância.

Velha, eu?

Você olha no espelho e não se reconhece. Muitas mulheres passam por isso. A pele muda. O cabelo muda. O corpo não é mais o mesmo. Os sinais de expressão surgem quase que de repente. A impressão que temos é que as rugas surgiram enquanto dormíamos. Mas ainda temos tanto a viver, nossos pensamentos são tão lúcidos, somos tão produtivas.

Justamente! Envelhecer é normal e esse processo começa assim que nascemos, ano após ano. Então por que um dia acordamos e decidimos que nos tornamos incapazes de ser quem sempre fomos?

Por quanto tempo você quer conviver com essa estranha que se apresenta todos os dias diante do espelho?

Nossas avós, nossas tias, nossas mães têm suas histórias – e merecem todo o respeito e admiração, mas não precisamos seguir à risca o modelo imposto em décadas passadas. Podemos ser hoje a representação de mulheres diferentes para nossas filhas.

Quem é a mulher que serve de inspiração para a sua jornada?

Quem são as senhoras, as mulheres maduras de hoje nas quais você se espelha?

Pense bem, escolha mulheres admiráveis e siga o exemplo delas.

Em busca da vitalidade perdida

Seja qual for a sua idade, saiba que é possível chegar à maturidade com saúde e disposição ou, se for o caso, resgatar a vitalidade perdida.

Como? Abrindo espaço para novos hábitos, deixando de lado a velha mania de se lamentar só porque o tempo é implacável e, principalmente, sendo a mulher ativa que você sempre foi – sem lamentações e teorias infundadas.

Envelhecimento e qualidade de vida podem andar lado a lado se você:

  • Praticar atividades físicas regulares;
  • Mantiver uma alimentação saudável, natural e equilibrada;
  • Dedicar tempo e atenção aos seus relacionamentos sociais, familiares e amorosos;
  • Buscar o prazer de viver;
  • Reduzir o estresse e fizer coisas prazerosas;
  • Contar com a ajuda de uma equipe interdisciplinar – nutricionista, educador físico, terapeuta, clínico geral, ginecologista, psiquiatra – para avaliar e tratar eventuais problemas físicos e emocionais.

Com a chegada da maturidade e da menopausa, as mulheres eventualmente precisam de reposição hormonal ou outros tratamentos. Converse com seu ginecologista, faça consultas de rotina e aproveite todo o tempo que você ainda tem pela frente.

Envelhecer é natural, mas sofrer neste processo não é necessário.

Agende a sua consulta e descubra as maravilhas que a maturidade tem a oferecer.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/200510

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