Como eliminar o odor vaginal durante a menopausa?

Sua menopausa tem cheiro? Não é raro que as pacientes relatem, durante a consulta, um incômodo com a mudança no odor corporal durante o climatério. Assim como na adolescência, as alterações hormonais da menopausa podem alterar ou intensificar o odor das axilas, dos pés e da vagina.

Este é mais um dos sintomas que pode ser tratado, assim como os fogachos, as variações de humor, a ansiedade e a depressão, o ressecamento vaginal, a falta de libido, a insônia e tantos outros problemas típicos desta fase.

O que difere esse sintoma dos demais é que muitas mulheres têm vergonha de contar ao médico que o desodorante habitual deixou de ser eficiente e o chulé voltou a incomodar. Há ainda o constrangimento na hora do sexo, já que as pacientes não conseguem explicar as razões pelas quais o odor vaginal está mais forte.
Por que isso acontece?

No climatério, há um declínio na produção dos hormônios femininos. Os níveis reduzidos de estrogênio interferem em várias áreas, incluindo o hipotálamo (área do cérebro que regula o calor do corpo).

Com o organismo mais quente, a sudorese aumenta. Esta é uma tentativa natural do organismo de equilibrar e manter a temperatura corporal, só que junto com o suor excessivo (bromidrose) vem o odor corporal mais intenso nas mulheres.

As substâncias liberadas pelo suor normalmente não têm cheiro, mas em contato com as colônias de bactérias da pele podem provocar um odor desagradável.

Além disso, outro fator está associado à redução dos hormônios sexuais (feromônios), que acabam alterando os odores corporais. O terceiro ponto diz respeito ao metabolismo das mulheres, que fica mais lento no climatério e, consequentemente, aumenta os odores corporais.

Como eliminar o odor vaginal durante a menopausa?

A alteração no odor corporal tem solução. O primeiro passo é relatar a queixa ao médico, que poderá identificar a causa da bromidrose e prescrever o tratamento adequado. Uma solução pode ser a reposição hormonal, uma vez que a oscilação nos níveis de estrogênio tem relação com o problema.

O cuidado com a higiene e a alimentação é outra medida importante. É fundamental promover a higiene cuidadosa da pele, principalmente das mãos, dos pés e das axilas, uma vez que essas regiões têm mais glândulas sudoríparas e, naturalmente, a sudorese é mais intensa.

A ideia é restringir a proliferação dos micro-organismos. Por isso, lave as axilas e os pés diversas vezes ao dia, de preferência com sabonete antisséptico e antibacteriano.

Associe a essa prática o uso de produtos de higiene (desodorantes antitranspirantes, por exemplo) que controlem a produção excessiva de suor. Se for necessário, o médico pode prescrever produtos com ação bactericida, fungicida e antimicótica.

Roupas de algodão e calçados abertos são outros aliados, assim como os talcos e sprays antitranspirantes para os pés. No cardápio, aumente as opções de alimentos ricos em fibras. O consumo de fibras ajuda a eliminar toxinas acumuladas, assim como o uso de suplementos a base de zinco.

Para cada mulher, um tratamento

Não custa lembrar, porém, que o climatério não é igual para todas as mulheres. Por isso, nada de recorrer às indicações da mãe, tias, amigas ou achar que pode resolver o problema sozinha.

O melhor caminho é conversar com o ginecologista para avaliar as medidas mais eficazes na sua situação. Preste atenção aos sinais do seu corpo e busque ajuda.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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