Entenda como a alimentação pode influenciar na menopausa

Você já parou para pensar em quanto a alimentação pode ter influência na sua saúde?

Se ao longo da vida é essencial escolher com cuidado aquilo que colocamos no prato, na menopausa essa decisão pode ser terapêutica. Isso mesmo!

Alimentação no tratamento contra os sintomas da menopausa.

Ainda que, sozinha, ela não seja a única salvação, a alimentação saudável tem efeito atenuante nos incômodos dessa fase em que o organismo da mulher deixa de produzir hormônios.

Na lista de queridinhos estão os grãos, cereais integrais, frutas e hortaliças, excelentes fontes de nutrientes que auxiliam no tratamento da menopausa.

Corpo nutrido, mente sã e atividade física

Temida pelas alterações e pelos prejuízos à qualidade de vida, a menopausa requer atenção e acompanhamento especializado.
Só assim essa fase não será o fantasma que muitas mulheres imaginam.

Sabemos que o medo do desconhecido assusta – mas sobre os nossos medos e crenças limitantes vamos conversar no próximo post, combinado?!

O que devemos ter em mente é que quando contamos com um médico para nos orientar, praticamos atividade física regularmente, buscamos equilíbrio emocional e nos alimentamos com qualidade, de forma saudável, natural e sem industrializados e ultra processados, nosso corpo reage de forma mais amigável à menopausa.

Muito além do calorão

Os sintomas da menopausa são muitos – e embora seja o mais conhecido, o calorão pode nem se manifestar. A lista de efeitos indesejáveis inclui:

  • Falta de memória
  • Insônia
  • Dor de cabeça
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Instabilidade emocional
  • Variação de humor
  • Dor articular
  • Problemas cardiovasculares
  • Osteoporose
  • Cansaço
  • Irritabilidade
  • Perda do desejo sexual
  • Ressecamento vaginal
  • Coceiras e vaginites
  • Aumento de peso
  • Ganho de gordura abdominal
  • Queda de cabelo
  • Enfraquecimento das unhas
  • Problemas de pele

Saúde no prato

As sugestões nutricionais para quem está na menopausa – ou bem perto dela – passam por uma dieta com menos farinhas brancas e mais grãos integrais.

Chás relaxantes são uma boa opção contra a ansiedade e a insônia. As gorduras boas (ácidos graxos essenciais) ajudam a proteger o coração e o Ômega 3 reduz o colesterol ruim e melhora as funções cerebrais.

Magnésio, cálcio, vitamina D e B6 são importantes nessa fase. Para eliminar toxinas, você já sabe: beba bastante água.
Cigarro? Nunca! Açúcar, bebidas alcóolicas e café? Com moderação.

O que comer durante a menopausa?

Aposte em sementes oleaginosas e óleos vegetais, ricos em vitamina E. O chá de folha de amora e o consumo de inhame auxiliam naturalmente no controle dos fogachos e os cogumelos são fontes ideais de vitamina D.

Cereais integrais, ovos e grãos tem vitamina B6 e ajudam na sensação de bem-estar. A vitamina C, encontrada em frutas cítricas, auxilia na síntese de hormônios ovarianos.

Vegetais verde-escuros, como brócolis, rúcula e couve, têm cálcio e ácido fólico, que favorece a reposição de DNA.

A aveia (farelo ou floco) tem uma fibra chamada beta glucana, importante no controle da glicose e do colesterol. O azeite extravirgem também tem essa função.

O magnésio, que age na formação de neurotransmissores, no bom humor e no relaxamento muscular, é encontrado em cereais integrais, grãos e sementes oleaginosas.

Essencial para a massa óssea, prevenindo osteopenia e osteoporose, o cálcio pode ser encontrado em vegetais verdes, leites e derivados. Inclua na dieta o iogurte natural – melhor ainda se feito com o kefir, rico em probióticos.

A vitamina D3, que forma o sistema imunológico e melhora a absorção de cálcio, está nos óleos vegetais. Já as castanhas do Pará, ricas em selênio, são ótimas antioxidantes e fortalecem as funções cerebrais.

O cacau é capaz de reduzir o estresse graças aos polifenóis. Por isso, o chocolate – que também contém zinco e cálcio – pode fazer parte da dieta. Mas atenção: opte sempre pelo chocolate com alta concentração de cacau (acima de 70%) e, mesmo assim, não abuse da quantidade.

Os peixes de água fria têm Ômega 3, que melhora as funções cerebrais e regula a ação insulínica (glicose e colesterol). Frutos do mar são ricos em zinco, necessário para a síntese de hormônios, melhorando as funções ovarianas e estrogênicas.

Você sabia?

Um estudo feito na Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostrou que quanto maior o consumo de peixes na dieta diária (alimentos ricos em proteína, vitamina D e Ômega 3), menores as chances de sentirmos os efeitos da menopausa.

Avaliação individualizada

Ainda que essas dicas de alimentação sejam importantes para a saúde de todas nós, em qualquer idade, não custa lembrar que o tratamento de menopausa requer um olhar individualizado.

Não tente resolver sozinha todos os sintomas ou encare como “normais” os desconfortos dessa fase. Não há motivo para sofrer, pois seja qual for a sua queixa, encontraremos a melhor solução.

Informe-se, faça acompanhamento nutricional e marque a sua consulta com um ginecologista que seja especializado no assunto.

Estou aqui para esclarecer todas as suas dúvidas e indicar o melhor tratamento.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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