O papo hoje é sobre cavidade vaginal ou vagina, para as íntimas.
Tão natural quanto respirar, o ciclo menstrual é um processo pelo qual as mulheres em idade reprodutiva passam todos os meses. Se você conhece seu corpo, sabe disso não é mesmo?
Então que tal, hoje, falarmos sobre a cavidade vaginal durante a menstruação?
Em primeiro lugar, vamos lembrar que existem muitos tipos de absorventes à disposição no mercado. Qual é o melhor? Aquele que mais se adapta ao seu estilo de vida e à sua preferência. Simples assim!
Há opções de absorventes internos, copinhos coletores, absorventes externos descartáveis, absorventes de pano e calcinhas absorventes.
Qual o melhor tipo de absorvente?
Desde que você conheça as possibilidades, o melhor será sempre aquele com o qual você se adapta. Conheça as alternativas, experimente e decida pelo “seu ideal”.
Ahhh, e antes que você pergunte, eu vou abrir um parênteses para um esclarecimento, porque sei que essa é a principal dúvida na hora de escolher o absorvente interno: o tamanho está relacionado à intensidade do fluxo menstrual e não ao tamanho da vagina (se é maior ou menor, mais larga ou mais estreita).
Agora, se você sente desconforto, dor ou tem medo de usar, converse com seu ginecologista. Existe um “jeitinho” certo para que o absorvente interno fique confortável. No mais, é testar e aprovar (ou não).
Vagina tem cheiro de vagina?
Talvez você desejasse ler outra coisa, mas a verdade é essa: vagina tem cheiro de vagina! E como tal, deve ser tratada naturalmente. Quem não recorda da cena do filme “Patch Adams: O Amor é Contagioso” em que o personagem-título conduz um grupo de senhores engravatados “vagina adentro”?
Assim como a menstruação é um processo natural do corpo humano, as secreções vaginais também são. A estrutura interna da vagina é naturalmente úmida e rugosa, bastante lubrificada. E, felizmente, autolimpante, lembra? Nada de duchas internas por aqui.
No entanto, secreções aumentadas, com odor fora do padrão ou coceira, fogem ao normal e devem ser avaliadas pelo ginecologista.
Há também o oposto: o ressecamento vaginal. Isso ocorre em casos de diminuição de estrogênio (no pós-parto e na menopausa) e a lubrificação vai embora. O que deveria ser confortável (afinal, você se livrou do corrimento) dá lugar a outro problema.
Fique atenta: o ressecamento favorece o surgimento de infecções vaginais e de urina, aumenta a predisposição à incontinência urinária e diminui a elasticidade da vagina, provocando ardência e dor na relação sexual.
A longo prazo, o sexo torna-se cada vez mais difícil e menos prazeroso, pois o ressecamento atrofia a região e inviabiliza as relações. Portanto, procure tratamento.
Como tratar o ressecamento vaginal
Temos boas notícias também. Para tratar o ressecamento vaginal, há opções como a reposição local de estrogênio (a base de cremes), uso de hidratantes vaginais ou uma opção mais prática e indicada para quem não deseja utilizar hormônios.
Neste caso, a dica é o laser intravaginal. O método é totalmente indolor e, em média, são necessárias três ou quatro sessões, com intervalos de um mês entre elas. Depois, manutenções anuais.
Nos casos de incontinência urinária, o laser intravaginal também é bastante eficiente. Então, não se acostume com a vagina ressecada, dor na relação ou perda de urina. Nada disso é normal.
Repita comigo: envelhecer não é isso. Envelhecer é um processo natural, assim como cuidar do corpo. Sofrer não!
Por: Dra Natacha Machado
Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005
Leia também:
Sexualidade no pós-parto: cada mulher precisa respeitar o seu tempo
Adolescência e climatério, duas fases de descobertas e novas possibilidades