Adenomiose: uma em cada dez mulheres sofre com o problema

Com sintomas semelhantes ao da endometriose, mas limitada ao miométrio (camada muscular do útero), a adenomiose é uma doença inflamatória que provoca intenso fluxo sanguíneo durante o período menstrual – podendo ou não ser acompanhado de fortes cólicas e, em alguns casos, aumento uterino.

No caso da endometriose, pequenos pedaços do endométrio se instalam fora da cavidade uterina e, a cada menstruação, sangram também, irritando a região e causando uma inflamação. A adenomiose faz um processo parecido, mas fica restrita à parte interna do útero.

Em mulheres com queixas de dor pélvica, a incidência de endometriose e adenomiose chega a 60%. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que uma em cada dez mulheres no mundo sofre com adenomiose, o mesmo motivo que leva, todos os anos, um grande número de pacientes brasileiras aos centros cirúrgicos para a histerectomia (cirurgia de retirada do útero).

Tratamento da adenomiose

A questão é que a adenomiose – assim como a endometriose – afeta mulheres em idade reprodutiva e a cirurgia não é melhor alternativa para aquelas que pensam em engravidar.

Desta forma, o tratamento está sempre no equilíbrio, justamente aquele que temos falado até aqui e que inclui – vocês já sabem o que vou dizer – mudanças no estilo de vida.

Se nossos hábitos “estragam” o funcionamento dessa maravilhosa engrenagem chamada corpo humano, é preciso “consertar” hábitos e, por consequência, essa incrível “máquina”.

O tratamento da adenomiose prevê, normalmente, o bloqueio hormonal para cessar a menstruação e melhorar o processo inflamatório.

Além disso, envolve aquelas mudanças no estilo de vida que eu não me canso de dizer: alimentação equilibrada, redução no consumo de carboidratos e alimentos inflamatórios (lactose, açúcar e glúten), atividades físicas regulares, controle do estresse, da ansiedade e qualidade do sono.

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A informação é o principal remédio deste século e não é normal sofrer, muito menos em silêncio. Seja qual for seu problema, vamos encontrar uma solução.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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