Falta de progesterona: não subestime a importância desse hormônio

Falta de progesterona, será que pode ser prejudicial? 

Você chegou na menopausa e a gravidez não está mais nos seus planos. Por isso, não precisa da progesterona, o hormônio responsável por garantir e sustentar uma gestação, certo? Errado!

Ainda que a progesterona seja protagonista na fecundação, transporte e implantação do óvulo no útero, determinante para manter a gravidez e atuante na fase de produção do leite materno, ela tem outras funções importantes ao longo da vida da mulher.

Então, seja no climatério (quando os níveis hormonais começam a ficar desregulados) ou na menopausa (quando entram em colapso), a reposição de progesterona deve ser considerada.

  • Quer saber por que esse hormônio é tão importante em nossa vida? Veja só:
  • É determinante nos ciclos menstruais e garante a manutenção da gravidez, sustentando o feto no útero.
  • Contribui para controlar alguns sintomas da TPM como dores de cabeça e irritabilidade.
  • Tem efeito antiandrogênico, inibindo a ação de hormônios responsáveis pelo surgimento de acne e queda de cabelo.
  • Melhora a pele, a libido e ajuda na concentração.
  • Atua como estabilizador do humor.
  • Ajuda no controle do peso e na manutenção das taxas de açúcar no sangue.
  • Auxilia na ação do hormônio da tireoide.
  • Contribui no tratamento da osteoporose e na produção de colágeno.
  • Mantém os níveis de coagulação do sangue em padrões normais.
  • Pode ser considerado um hormônio antienvelhecimento, mantendo ossos fortes e nervos funcionando adequadamente.

Falência hormonal: não seja refém dos sintomas

Nosso organismo é uma engrenagem que precisa estar com todas as peças em funcionamento. Durante muito tempo, acreditou-se que a progesterona se limitava à proteção do endométrio.

Hoje sabemos que mesmo as pacientes que retiraram o útero precisam desse hormônio.

Na menopausa, a interrupção na produção hormonal – seja a progesterona ou qualquer outro – tem reflexos na saúde física, mental e emocional. Seus efeitos na qualidade de vida podem ser implacáveis sem tratamento.

Entre os sintomas da baixa de progesterona estão as irregularidades no ciclo menstrual, alterações no humor, perda de libido, insônia, ressecamento vaginal, dificuldades para engravidar, dores de cabeça, falta de concentração, fadiga e alterações no peso.

Olhar individualizado

Entre os 35 e 50 anos, os níveis de progesterona sofrem uma queda de 75% e continuam em declínio até a menopausa. Alternativas não faltam para uma terapia de reposição hormonal bem-sucedida, que pode ser administrada por via oral, adesivo, gel ou creme (via transdérmica) e implante.

Só não chegue no fundo do poço para começar o tratamento. Ao menor sinal de que algo não vai bem, faça uma avaliação médica para um tratamento individualizado. As quedas na produção de hormônio são normais para quem chega no climatério ou na menopausa.

O que não é normal é sofrer sem tomar uma providência.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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