Até pouco tempo atrás, pacientes diagnosticadas com Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose e adenomiose saíam dos consultórios com receitas médicas padrão: pílula anticoncepcional. Fossem mulheres preocupadas ou não com métodos para evitar a gravidez, diagnósticos e tratamentos eram semelhantes.
O uso de pílulas anticoncepcionais era o mais indicado para queixas que, hoje sabemos, são causadas muito mais por uma questão sistêmica e pelo nosso próprio estilo de vida do que por uma falha ou inoperância exclusiva do útero e ovários.
Hoje temos a consciência de que os órgãos que durante anos levaram a culpa são, na verdade, “vítimas” da nossa alimentação desregrada, sedentarismo, noites mal dormidas, estresse, obesidade. Reflexos de uma rotina moderna que, hora ou outra, se manifestaria e cobraria seu preço.
E então, o que fizemos? Corremos para os consultórios e farmácias e, com pílulas anticoncepcionais em mãos, regulamos ou cessamos os fluxos menstruais, nos livramos das cólicas, acabamos com a acne e a oleosidade na pele e… “Shazam!”… nos sentimos novas em folha. Heroínas prontas a encarar os desafios da vida. Será?
Ainda que a ciência avance a passos largos, nem tudo está ao alcance de médicos ou em cápsulas de remédios. A colheita atual é resultado do que plantamos há alguns anos. E o que vamos semear agora nos dará novos frutos. Qual será sua próxima colheita?
Nossa saúde diz muito a respeito das nossas escolhas.
Só que além da ida ao consultório médico, precisamos trocar os sapatos por um par de tênis para caminhada. Os industrializados e ultraprocessados devem continuar nas prateleiras do supermercado enquanto vamos à verdureira. O encontro com as amigas pode ser no parque, ao ar livre, e não na cafeteira com tortas e refrigerantes.
Entender que doenças como a Síndrome dos Ovários Policísticos, a endometriose e a adenomiose são reflexos dos nossos hábitos e exigem mudanças no estilo de vida é um passo valioso para o sucesso do tratamento.
Sua saúde e sua vida dependem de você, comigo a seu lado. Combinado?
Agende sua consulta, venha tirar suas dúvidas, vamos falar sobre os seus problemas e estudar o melhor tratamento, seja qual for a sua queixa.
Saber que não estamos sozinhas já nos faz levantar do sofá, não é mesmo?
Por: Dra Natacha Machado
Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005