Por que o climatério parece uma TPM eterna?

Sabe aquele desconforto que se transforma em melancolia de repente, acompanhado de enxaqueca, retenção de líquidos, mamas doloridas e uma irresistível vontade de consumir doces? Muitas mulheres enfrentam durante anos esses sintomas clássicos da TPM – a tensão pré-menstrual.

Esse incômodo pode persistir durante o climatério. Primeiro, porque a mulher ainda não encerrou completamente o ciclo menstrual, e segundo, porque tanto na TPM quanto no climatério, são os mesmos hormônios que desencadeiam esses sintomas.

A TPM, como sabemos, é resultado de alterações hormonais, especialmente do estrogênio, e, por isso, assemelha-se ao climatério – e vice-versa.

A oscilação nos níveis de estrogênio interfere no sistema nervoso central, provocando efeitos psicológicos e físicos. A diferença é que, na TPM, os sintomas geralmente desaparecem após o primeiro dia do ciclo menstrual, enquanto no climatério, isso não ocorre, a menos que seja realizado o tratamento adequado.

Como distinguir entre TPM e climatério?

No climatério, as alterações hormonais são mais pronunciadas, tornando muitos sintomas semelhantes aos da TPM, em alguns casos, mais intensos. Instabilidade emocional, irritabilidade, fadiga, inchaço, dores no corpo, sensibilidade extrema, insônia e enxaqueca são comuns nesse período.

Como a menopausa leva alguns anos para se confirmar, é comum que muitas mulheres sintam que estão constantemente vivendo uma TPM prolongada, o que está relacionado à produção contínua de hormônios.

Como amenizar os sintomas?

Para aliviar os sintomas do climatério, é fundamental adotar algumas estratégias. Recomenda-se, com a orientação de um médico especialista em menopausa, iniciar a terapia de reposição hormonal logo nos primeiros sinais, com o objetivo de ajustar o organismo.

Assim como na TPM, a prática regular de atividades físicas é crucial durante o climatério. Exercícios contribuem para melhorar o humor, regular funções corporais e aumentar a mobilidade, resistência e força física. Opções como Pilates e musculação são excelentes alternativas.

A meditação pode ser uma forma eficaz de relaxamento, assim como o yoga. Na alimentação, priorizar frutas, verduras, legumes, carnes brancas, oleaginosas, gorduras saudáveis, peixes, frutos do mar, grãos e cereais integrais é recomendado.

Manter-se bem hidratada, reduzir o consumo de álcool e escolher roupas leves para lidar com os fogachos são práticas importantes. Evitar o tabagismo e investir no autoconhecimento, que contribui para a autoestima, também são valiosos. Se precisar de companhia nesta jornada, estou à disposição para ajudar.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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