Mau hálito na menopausa: saiba como resolver

A queda nos níveis hormonais, durante o climatério e a menopausa, pode provocar ALTERAÇÕES BUCAIS. Se você tem percebido mudanças no hálito, não se espante. A HALITOSE é um sintoma típico desta fase.

Eu explico melhor: a menopausa não causa mau hálito, não diretamente. O que ocorre é que, com a redução do estrogênio, há um ressecamento das mucosas. Não apenas a vagina, mas a boca e os olhos ficam secos e irritados.

A boa notícia é que, assim como todos os outros incômodos, essa situação pode ser revertida.

Cuidados com a saúde bucal na menopausa

O hipoestrogenismo reduz a lubrificação das membranas bucais, favorecendo a proliferação de bactérias e o surgimento de cáries. Podem ocorrer também o sangramento das gengivas, alterações no paladar ou sensação de queimação na língua.

Por isso, é importante redobrar os cuidados com a saúde bucal. A Associação Brasileira de Halitose alerta, inclusive, para o agravamento da doença periodontal devido às alterações no metabolismo ósseo (osteoporose e osteopenia). Esses problemas, sim, estão diretamente associados à menopausa.

Calorões e mau hálito – qual a relação?

Velhos conhecidos da maioria das mulheres no climatério, os fogachos e suores noturnos são outro fator desencadeante da halitose.
A sudorese faz com que o organismo perca líquidos rapidamente, resultando em desidratação e hipossalivação, também conhecida como xerostomia ou boca seca.

Esse fenômeno faz com que o acúmulo de resíduos e microrganismos presentes naturalmente na boca desencadeie o mau hálito.

Leia mais em Calorões da menopausa: 40 anos de calorão… ninguém merece!

Como evitar o mau hálito na menopausa?

A hidratação é o primeiro cuidado para as mulheres com halitose. Beber bastante água ajuda a manter a umidade da mucosa bucal e a equilibrar a temperatura corporal, reduzindo os episódios de fogacho ao longo do dia.

Os cuidados com a higiene bucal também devem ser intensificados. A ausência de saliva atrapalha a autolimpeza bucal. As proteínas existentes no local, quando decompostas, levam à halitose.

Outra medida é avaliar os níveis hormonais e fazer a reposição de estrogênio para recuperar a viscosidade das mucosas.

Não tenha vergonha!

Se você já tinha percebido alterações em seu hálito, agora já sabe: esse pode ser mais um dos incômodos típicos do climatério e da menopausa. Não tenha vergonha de falar com seu dentista sobre o assunto e de relatar o problema ao ginecologista.

Com o reequilíbrio hormonal e cuidados com a saúde bucal, você não precisará ficar de boca fechada. Venha me fazer uma visita e vamos conversar a respeito.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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