Mulheres devem repor testosterona?

Somos seres hormonais. Da infância à senilidade, nosso organismo é regulado por uma série de hormônios com diferentes funções. Quando tudo está em perfeita ordem, esse conjunto atua de forma tão natural e organizada que nem percebemos. O “mecanismo” só é notado quando “algo dá errado” e alguma disfunção se manifesta.

Na menopausa é isso o que ocorre. O estrogênio – o hormônio que caracteriza o feminino – deixa de ser produzido pelo ovário, provocando uma série de problemas que atrapalha a saúde, a qualidade de vida e a rotina das mulheres.

Junto com o estrogênio, a progesterona também tem papel importante. Ambos são, via de regra, os dois hormônios a serem repostos nos tratamentos de menopausa.

Ainda que seja um hormônio majoritariamente “masculino”, a testosterona está presente no organismo da mulher em pequena quantidade. Em pessoas do sexo feminino, esse hormônio (responsável pela libido) é produzido nos ovários e glândulas suprarrenais.

Quando repor a testosterona na mulher?

A reposição de testosterona não é protocolo básico nos tratamentos de menopausa. O tema ainda hoje levanta polêmicas sobre seu uso em mulheres.

Mesmo assim, sua indicação, se feita de maneira adequada, é segura. Já existem estudos comprovando que a testosterona, em doses fisiológicas ao padrão feminino, aumenta significativamente a libido e a frequência de eventos sexuais satisfatórios.

Entre os resultados estão a melhora nos níveis de excitação, responsividade, autoestima, intensidade do orgasmo e redução dos níveis de estresse em mulheres na menopausa.

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Testosterona no tratamento da menopausa

Não canso de dizer que nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica. Com a reposição de testosterona não seria diferente. As recomendações são claras e você só deve considerar esse recurso como “a cereja do bolo”, o toque final do seu tratamento para a menopausa.

Há uma série de outros fatores relativos à libido e ao desejo sexual que precisam ser avaliados antes de optar pela reposição de testosterona. Por isso, lembre-se: converse abertamente com seu médico sobre sua vida amorosa, seu relacionamento, suas expectativas, sua personalidade sexual.

É muito comum, nos consultórios, que a mulher mencione apenas um sintoma físico e esqueça de abordar a sexualidade em um contexto mais amplo, que precisa, sim, ser trazido à tona para que o médico possa avaliar suas queixas sob diferentes perspectivas.

Se você procura um atendimento personalizado, com um olhar amplo e atento para a sua individualidade, venha conversar comigo.

Sexualidade faz parte da saúde integral e a ciência já comprovou: o orgasmo melhora a memória, as dores crônicas, a depressão, a disposição e o humor. Cuide da sua qualidade de vida!

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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