Os cabelos revelam muito sobre a personalidade, a autoconfiança e a feminilidade de uma mulher. Justamente por isso, a queda, o enfraquecimento e a perda dos cabelos têm impactos importantes para muitas de nós.
No climatério, a queda de cabelos e a mudança na estrutura capilar, como a falta de brilho e a perda de textura dos fios, são queixas comuns. Isso acontece porque, nessa fase, a diminuição nos níveis de estrogênio interfere na produção de colágeno – o principal responsável pela saúde capilar.
Na menopausa, as mulheres podem perder até 40% do volume total dos cabelos se não derem atenção às madeixas. É claro que o envelhecimento é um processo natural humano e não seria diferente com o bulbo capilar, que também envelhece com o passar dos anos, mas o problema pode se agravar em função do desequilíbrio hormonal.
Queda de cabelo na menopausa: não se desespere
Tufos de cabelo na escova, no chão do box ou no piso do banheiro… É na perimenopausa que muitas mulheres começam a perceber as mudanças nos cabelos. Os fios ficam ressecados, quebradiços e fracos.
E agora? Isso significa que vamos ficar carecas? Não!!
Significa que precisamos intensificar os cuidados. Além da terapia de reposição hormonal para regular os níveis de estrogênio e progesterona, é importante complementar as estratégias que vão garantir os cabelos saudáveis. Bons produtos e acompanhamento de especialistas em saúde capilar devem estar nos planos.
Para quem ainda não chegou na menopausa, uma dica: não espere o cabelo cair ou enfraquecer para cuidar deles. A queda de cabelo em mulheres é influenciada também pelos hábitos de vida. Entre as causas estão o estresse, alimentação inadequada e outras doenças. Aposte na prevenção!!
Dicas para manter o cabelo saudável na menopausa
- Dê preferência para produtos (shampoo, condicionador etc.) de qualidade na hora de lavar e hidratar os cabelos.
- Assim como nossa pele, os fios também precisam de proteção se ficarem expostos ao sol. Use protetor térmico para cabelo.
- Depois de voltar da praia ou piscina, capriche na hidratação das madeixas. A água salgada e o cloro ressecam os fios.
- Escolha um bom corte para o seu tipo de cabelo. Se você quer dar a ideia de um cabelo mais denso, prefira um corte em camadas.
- Mantenha uma alimentação rica em selênio, cálcio e magnésio para ajudar no crescimento dos fios.
- Controle o estresse, pois ele agrava a queda de cabelos.
- O calor de secadores, chapinhas e outros aparelhos térmicos para modelar o cabelo danifica os fios, causando quebra e quedas. Limite o uso desses equipamentos e, sempre que possível, deixe o cabelo secar naturalmente.
- Faça a dosagens das vitaminas no seu organismo e reponha o que for necessário. A vitamina A, por exemplo, é fundamental na hidratação e fortalecimento dos fios. A vitamina C é um antioxidante que evita a perda de proteínas do cabelo.
- Não sofra sozinha. Se perceber queda acentuada de cabelo, converse com seu médico. Em alguns casos, o acompanhamento com um tricólogo – especialista em problemas do couro cabeludo e regeneração capilar – é necessário.
- Faça a reposição hormonal ou outro tratamento indicado pelo seu médico para equilibrar os níveis de estrogênio.
Cabelos lindos e saudáveis na menopausa
Se o cabelo é tão importante para nós, mulheres, devemos cuidar deles ao longo de toda a vida – e não somente na menopausa. A prevenção está na qualidade da nossa alimentação, atividades físicas e controle do estresse.
Fazendo isso e seguindo as orientações de especialistas, os cabelos não serão um problema na menopausa.
E como diz a escritora Agda Yokowo, “vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Viva a vida como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente”.
Enfim, viva a maturidade com plenitude. Cabelos longos, curtos ou brancos, tanto faz. Seja você!
Além disso, se quiser saber mais sobre os efeitos do climatério no nosso organismo e na qualidade de vida, eu te ajudo a esclarecer todas as dúvidas. Só não vai ficar em casa sofrendo com algo que tem solução!
Leia mais em: Como saber se a menopausa chegou?
Por: Dra Natacha Machado
Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005