Mudanças intestinais no climatério e na menopausa?

Isso tem explicação! Nosso organismo muda com a chegada da menopausa. Para falar a verdade, desde o início do climatério já não somos as mesmas.

Há mudanças que são mais “óbvias”, como as alterações no fluxo menstrual e os famosos calorões, outras nem tanto. Muitas mulheres demoram a associar alguns problemas à baixa nos níveis hormonais.

Sabemos que o hipoestrogenismo interfere na menstruação e provoca oscilações de humor, fadiga, ondas de calor, dificuldades de concentração e foco, ressecamento vaginal, dores de cabeça e, a longo prazo, contribui para o ganho de peso, doenças cardiovasculares e osteoporose.

Mas você sabia que a falta de estrogênio pode ser responsável também pelo desequilíbrio da sua saúde intestinal? Isso mesmo!
Se você vem percebendo mudanças na hora de ir ao banheiro, é preciso investigar. Essa pode ser mais uma prova da importância de restabelecer os níveis hormonais para que tudo volte a funcionar perfeitamente.

Seu intestino não é mais o mesmo? Fique atenta

No climatério e na menopausa, a queda nos níveis de estrogênio pode, sim, justificar queixas relacionadas à saúde intestinal.
Entre os principais problemas estão:

  • Constipação
  • Estufamento abdominal
  • Dificuldades de digestão
  • Deficiência na absorção de vitaminas
  • Sensibilidade alimentar
  • Maior probabilidade de câncer de intestino

O hipoestrogenismo reflete na microbiota intestinal e ocasiona, eventualmente, a disbiose (redução na diversidade das bactérias presentes na flora intestinal), deixando o organismo mais propenso a infecções e sensibilidades intestinais.

Já a prisão de ventre tem a ver com as falhas nos movimentos peristálticos do intestino grosso, outro reflexo da baixa de estrogênio. Há ainda a Síndrome da Permeabilidade Intestinal – que tem os distúrbios hormonais como uma das causas.

Nessa situação, os fragmentos bacterianos, toxinas e partículas de alimentos não digeridas passam do intestino para a corrente sanguínea, causando uma resposta imune indesejada.

Não fuja do que precisa ser feito

Não adianta negar: a partir dos 50 anos é hora de olhar com mais atenção para a saúde do intestino – isso se você não teve nenhum sintoma até essa idade, é claro.

O câncer de intestino é o segundo mais comum entre as mulheres, atrás apenas dos tumores de mama. Os principais sinais são:

  • sangramentos;
  • dor abdominal;
  • perda de peso e anemia;
  • mudança no hábito intestinal.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê para os próximos três anos um aumento de 12,64% na taxa de incidência dos casos de câncer de cólon e reto (colorretal) em mulheres.

A estatística não é boa, mas uma coisa é certa. A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável se for detectada precocemente. O rastreamento é feito, principalmente, por meio da colonoscopia.

Eu sei: você vai dizer que o exame é invasivo, desconfortável, chato de fazer. Mas nada é mais importante do que descobrir precocemente uma doença grave como essa, não é mesmo?

Então, quando o médico pedir esse exame, faça! Só assim teremos como identificar eventuais problemas precocemente.
Os exames preventivos ajudam a identificar sinais da doença antes mesmo que ela apareça. Por isso, não fuja deles. A partir dos 50 anos, todos devem fazer a colonoscopia para detectar lesões que podem se tornar um câncer.

Reposição hormonal é proteção

O intestino é um órgão que merece respeito e cuidado! E assim como a reposição hormonal melhora vários aspectos da nossa saúde, bem-estar e qualidade de vida, serve também como um fator protetor contra o câncer de intestino se for aliada a hábitos de vida saudáveis.
Mantenha uma alimentação equilibrada e natural, pratique exercícios físicos regularmente, beba com moderação, não fume, controle o estresse e cuide da qualidade do sono.

Para ajustar os níveis hormonais, conte comigo. Vamos analisar a sua situação, entender as necessidades do seu organismo e cuidar do seu caso individualmente. Cada paciente é única e eu estou aqui para avaliarmos juntas as suas queixas. A partir daí, discutiremos o melhor tratamento.

Estou te esperando!

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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