Você acha a consulta ginecológica desconfortável? Tem vergonha de conversar com um especialista?
Fica constrangida na hora do exame ou faz parte da legião de mulheres que sabe como ninguém a importância da prevenção, mas inventa mil desculpas na hora de ir ao consultório?
Muitas mulheres pensam no ginecologista para resolver questões pontuais:
- O exame Papanicolau,
- uma queixa de cólica,
- corrimento,
- TPM,
- ciclo menstrual irregular,
- definir o melhor método anticoncepcional...
Questões básicas e necessárias, mas só se contenta com isso quem quer. A relação médico-paciente vai muito além.
Cuidar da saúde íntima requer mais atenção do que você imagina, afinal, a sexualidade é considerada um dos pilares da qualidade de vida e do bem-estar.
É por isso que hoje eu faço um convite à reflexão: o quanto a consulta ginecológica impacta em sua vida? O que você, como paciente, espera do seu médico?
Seja qual for sua idade, muitas dúvidas, incertezas e angústias que envolvem sexualidade, libido e relacionamento se repetem. Então, por que não estabelecer um vínculo de confiança logo nas primeiras consultas e tornar essa relação com o especialista, de fato, mais efetiva?
Tratar doença é diferente de promover saúde – como escolher o médico ginecologista?
Ao escolher um médico você deve se perguntar se deseja um profissional focado no tratamento de doenças ou na promoção da saúde.
Embora seja um especialista, o ginecologista não deve “setorizar” sua paciente, afinal, ela é muito mais do que um útero, dois ovários e um par de seios.
Por isso, quanto mais você se abrir na consulta, conseguir expor suas dúvidas, falar sobre suas dúvidas e angústias, mais fácil será para vocês identificarem, juntos, a origem e a solução dos problemas, com as melhores alternativas de tratamento.
Pouco importa, durante a consulta, se você é adolescente, solteira, casada, mãe, viúva, com quem se relaciona, sua crença, raça ou condição financeira.
A sexualidade é inerente ao ser humano e, como fator essencial à saúde, deve receber um olhar amplo. Mas, para que o seu médico possa ajudar, você precisa estar disposta a confiar nele!
Binômio médico-paciente
Costumo dizer que o paciente só aceita um médico “mediano” se não entende o conceito de saúde. E na relação entre médico e paciente, empatia é fundamental.
Como você escolhe os profissionais que vão cuidar da sua saúde? Você volta quando não gosta da consulta? Você dá a oportunidade para que o médico possa, realmente, entender o que você precisa?
Sinceridade faz toda a diferença e você deve ser a protagonista, mas é fundamental permitir que o seu ginecologista “enxergue” o todo, o ser humano que você é. Sem entender como seus medos, preconceitos, vergonhas e tabus podem interferir na sexualidade, você nunca terá a ajuda que precisa para tratar o corpo e a mente.
Entenda que ir ao médico ginecologista é muito mais do que fazer o exame Papanicolau ou pedir receitas de anticoncepcional. Você, mulher, é muito mais do que isso!
Deixe a vergonha de lado, escolha um médico ginecologista com quem se identifique, estabeleça uma relação de confiança e entenda que sexualidade não diz respeito apenas à saúde dos órgãos sexuais.
Venha me fazer uma visita e vamos conversar mais a respeito.
Por: Dra Natacha Machado
Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005