A atividade física é essencial em qualquer fase da vida. Sem ela, os riscos de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes tipo 2 aumentam consideravelmente. Ainda assim, o sedentarismo é um problema mundial e revela seu pior lado com a chegada da menopausa.
Quem passou a vida fugindo da academia terá de compensar essa ausência após os 40 anos se quiser ter qualidade de vida. Malhar fortalece a musculatura e os ossos, auxilia na qualidade do sono e previne demência.
Quem se exercita ativa hormônios como adrenalina e noradrenalina, que agem na dilatação dos vasos sanguíneos, liberando glicose e ácidos graxos fundamentais para que o corpo tenha energia suficiente para se movimentar.
A atividade física também produz serotonina e endorfina, hormônios ligados à sensação de bem-estar. Eles deixam a rotina “mais leve”, aumentam a disposição, reduzem o estresse, controlam a ansiedade e previnem a depressão.
Exercícios regulam o metabolismo durante a menopausa
Um dos sintomas típicos da menopausa é o fogacho. Nem todas as mulheres sentem calorões, mas quem convive com isso no dia a dia sabe quão difícil é lidar com eles. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a prática de exercícios ajuda a controlar os fogachos.
Isso mesmo! Embora a temperatura corporal aumente durante a atividade física, os exercícios são reguladores térmicos do organismo.
Um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostra que 30 minutos diários de atividade física já são suficientes para amenizar os calorões da menopausa. Ou seja, você sua na academia e fica bem no resto do dia.
Isso acontece porque os exercícios regulam o metabolismo e, consequentemente, a temperatura interna. É claro que, ao fazer atividade física, a temperatura corporal aumenta. O calor é consequência da energia produzida pelo processo de contração muscular necessária para a realização do esforço.
Ative o “termostato” corporal
Durante a atividade física, cerca de 75% da energia química utilizada é dissipada como calor. Os 25% restantes são transformados em energia mecânica. Para compensar e evitar o aumento exagerado da temperatura corporal durante o exercíco, o sistema de regulação térmica do corpo aciona mecanismos de perda de calor.
É como se existisse uma espécie de “termostato” no sistema nervoso central. O mecanismo é preparado para manter a temperatura em 36,5 graus. Quando ela se eleva, o “dispositivo” promove a perda de calor, principalmente através da sudorese, reduzindo a temperatura.
Qual a melhor atividade física para melhorar os fogachos durante a menopausa?
Se você ainda não faz nenhum tipo de exercício, comece agora. Escolha algo prazeroso, levante do sofá e inicie moderadamente. Aos poucos, aumente a intensidade das atividades, sempre com orientação de um profissional.
Se você já tem o hábito de se exercitar, o climatério pode exigir algumas adaptações para tornar os treinos mais efetivos. Dê preferência à musculação. Ela é essencial para manter a mobilidade, a força e o equilíbrio. Quem quer envelhecer com autonomia física precisa da musculação como aliada.
Outra dica é associar a musculação ao pilates ou à yoga. A hidroginástica também é ótima opções se você quer trabalhar o corpo sem sobrecarregar os músculos e as articulações. Esportes na água ajudam na elasticidade, resistência muscular e circulação do oxigênio no sangue.
Caminhadas diárias ao ar livre são uma boa opção, mas precisam ser em ritmo intenso. Não vale passear com o cachorro e achar que fez o exercício ideal. Se você gosta de dançar, aproveite. Praticar um esporte – seja vôlei, tênis, natação – e pedalar também estão na lista de boas práticas.
O importante é se movimentar!
Quer saber mais sobre os efeitos da menopausa no organismo e como aliviar todos os sintomas? Conte comigo!
Caminhadas diárias ao ar livre são uma boa opção, mas precisam ser em ritmo intenso. Não vale passear com o cachorro e achar que fez o exercício ideal. :o)
Por: Dra Natacha Machado
Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005
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