Qual o papel do estrogênio no corpo da mulher?

O estrogênio é o principal hormônio sexual feminino e tem função determinante no sistema reprodutor. Mas não é só isso. Com mais de 300 funções no organismo, ele é essencial em diversos aspectos da saúde feminina.

O problema é que, à medida que os anos passam e a menopausa se aproxima, o estrogênio deixa de ser produzido. Quem já chegou ao climatério sabe exatamente o quanto a baixa nos níveis hormonais femininos pode atrapalhar a qualidade de vida.

O estrogênio – ou melhor, a falta dele – leva à redução da massa óssea, problemas de memória, ganhos de peso e favorece a concentração gordura no abdômen, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

O hipoestrogenismo também é o “culpado” por alterações no humor, sintomas depressivos, fadiga, fogachos, dificuldade de concentração, insônia e ressecamento vaginal. Se a pele perde o vigor ou as unhas e cabelos enfraquecem, você já sabe quem é o responsável.

Mas um hormônio tem toda essa influência sobre o nosso organismo e a nossa saúde? A resposta é sim!

A queda na produção do estrogênio interfere diretamente em nosso organismo. Por isso, nada melhor do que o autoconhecimento para identificar essas alterações precocemente e começar o tratamento o quanto antes.

Estrogênio, pra que te quero?

O estrogênio diz respeito a um determinado grupo de hormônios. Os mais importantes são a estrona, o estradiol e o estriol, os hormônios sexuais femininos. As principais funções são a regulação do ciclo menstrual e o desenvolvimento do sistema reprodutor das mulheres.

Os estrógenos são fundamentais para a textura e o brilho da pele, crescimento de pelos pubianos, distribuição da gordura corporal, aumento a libido, lubrificação da vagina, desenvolvimento das mamas e fortalecimento dos ossos, unhas e cabelos. Não bastasse isso, também contribui para a memória e para a produção de HDL (o bom colesterol).

Ou seja, ficar sem estrogênio é um problema!

Tipos de estrogênio

A produção do estrogênio começa na adolescência e termina na menopausa. Com centenas de funções no organismo feminino, não é de se estranhar a falta que ele faz.
Entenda um pouco melhor os três principais tipos de estrogênio:

• Estradiol – é o tipo mais ativo e o tipo mais comum de estrogênio, responsável principalmente por regula o ciclo menstrual.
• Estriol – mais abundante durante a gravidez, ajuda no crescimento do útero e prepara o corpo para o parto.
• Estrona – tem funções ligadas à reprodução, desenvolvimento mamário e regulação da gordura corporal. É o principal estrogênio circulante após a menopausa.

Níveis de estrogênio ao longo dos anos
Os níveis de estrogênio variam de acordo com a fase da vida. Na puberdade, aumentam naturalmente.

No climatério, sua redução é gradativa. Para que cumpram sua função no organismo da mulher, devem estar em equilíbrio. Tanto os níveis elevados quanto os reduzidos podem causar problemas.

Quando os níveis de estrogênio estão aumentados, as mulheres podem apresentar ganho de peso, inchaço nas mamas, ciclo menstrual desregulado, ovários policísticos, dificuldades para engravidar e até câncer no endométrio.

Já a deficiência desse hormônio é responsável pelo cansaço, ansiedade, irritabilidade, dificuldade para dormir, calorões, sudorese noturna, redução na libido, dificuldade de concentração, problemas de memória e ressecamento vaginal.

Hipoestrogenismo tem solução?

Não é porque nosso organismo se altera ao longo dos anos que nossa qualidade de vida precisa ruir. O hipoestrogenismo pode ser tratado logo que os primeiros sintomas surgem. Isso ocorre cerca de 8 anos antes da menopausa.

Adotar um estilo de vida saudável é essencial para potencializar o tratamento. Isso envolve uma boa alimentação, exercícios físicos diários, manejo do estresse e sono de qualidade. Associado à reposição hormonal, esse conjunto de boas práticas vai compensar a deficiência de estrogênio.

Quer viver melhor? Anote essas dicas:

• Evite comidas industrializadas, ricas em gordura, frituras, embutidos, sódio ou açúcar.
• Aumente o consumo de frutas, hortaliças, grãos integrais, sementes (como a linhaça) e oleaginosas (como nozes, castanhas e amêndoas).
• Melhore a ingestão de ômega 3, encontrado no atum, salmão e nozes.
• Reduza o consumo de alimentos inflamatórios, como farinhas brancas, açúcar e leite.
• Dê preferência ao iogurte natural e queijo branco.
• Não beba e não fume.
• Faça exercícios físicos diariamente, incluindo os de força, como a musculação.
• Pratique atividades prazerosas e tenha hobbies para reduzir o estresse e a ansiedade.
• Encontre formas de relaxar antes de dormir para garantir boas noites de sono.

Como a reposição hormonal pode ajudar?

A terapia de reposição hormonal é uma excelente aliada para o alívio dos sintomas provocados pela queda nos níveis de estrogênio. A preferência deve ser por hormônios biossintéticos, que se assemelham ao produzido naturalmente pelo organismo.

De acordo com o estilo de vida da paciente, a rotina ou as preferências, as vias de administração para a reposição podem mudar. Entre as opções estão os implantes, adesivos, géis e cremes. Uma boa conversa com um especialista em menopausa vai ajudar na escolha do melhor tratamento. O importante é estar atenta aos sintomas e fazer check ups regulares.

Assim que perceber os primeiros sinais do climatério, venha conversar comigo. Eu posso te ajudar a tornar a caminhada bem mais fácil.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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