Fadiga na menopausa: como evitar a exaustão na menopausa?

É comum que a partir dos 40 anos – fase em que os primeiros sinais do climatério surgem – as mulheres se sintam extremamente cansadas. Uma exaustão aparentemente injustificável. Se nada mudou na rotina diária, por que “de repente” a energia acaba?

A culpa pode ser dos hormônios. Isso mesmo! A variação nos níveis hormonais interfere, mais do que se imagina, na disposição e na energia.

Além disso, essa fase coincide com o auge da produtividade, pessoal ou profissional. Aos 40 anos, muitas mulheres estão com a carreira em ascensão. Outras, ocupadas com o gerenciamento da casa e o cuidado com os filhos.

Também é comum que as mulheres assumam a responsabilidade de amparar os pais – já idosos. Tem ainda a atenção necessária aos relacionamentos sociais e afetivos, a dedicação ao casamento ou ao novo namorado e o tempo que precisam dedicar ao autocuidado.

Há quem se divorcie, quem esteja em busque de um novo amor, quem deseje mudar de vida, viajar, começar uma faculdade, aprender um idioma. Um turbilhão de coisas a fazer e sonhos a realizar.

Ufa! Cansa mesmo.

Sono reparador é suficiente?

Normalmente, uma noite de sono renova as energias e nos deixa prontas para mais uma jornada, não é mesmo? É assim na juventude!

Só que no climatério, ainda que se mantenha a qualidade do sono e o manejo do estresse, a exaustão não desaparece após o repouso. As mulheres ficam indispostas, desanimadas e sem vontade ou energia para fazer as atividades do dia a dia.

Essa fadiga persistente é um sinal de alerta!

Fadiga na menopausa: o corpo fala e você precisa ouvi-lo

Quando a exaustão não desaparece depois de uma noite “bem dormida” ou as férias não surtem o efeito esperado, é importante lembrar: você não é uma heroína de histórias em quadrinho.

Já falamos aqui sobre a síndrome da mulher guerreira, lembram?

Leia aqui: Síndrome da mulher guerreira: deixe a armadura de lado e cuide da saúde.

Se o corpo dá sinais persistentes de que algo está errado é hora de assumir a fragilidade, entender os motivos de tanto cansaço, se respeitar e buscar ajuda médica para investigar a causa da fadiga extrema.

Na maioria das vezes, a solução é mais fácil do que parece. Então, por que prolongar o sofrimento?

De olho nos hormônios femininos

Cerca de 8 anos antes da menopausa a mulher começa a enfrentar os sintomas do desequilíbrio hormonal. Ou seja, a partir dos 40 anos, é importante acionar o sinal de alerta. Se a exaustão deixa de ser algo momentâneo ou circunstancial e se torna um problema constante, em pouco tempo a mulher começará a sofrer com desgastes emocionais e físicos.

O declínio nos níveis hormonais é uma das causas da fadiga extrema – aquela sensação de cansaço que não passa nunca, nem com horas de sono, nem com descanso ou férias.

Por causa da redução dos níveis de estrogênio, testosterona e progesterona, alguns neurotransmissores como a serotonina e a dopamina são afetados, causando essa sensação de desânimo e apatia.

Cansaço e estresse: dupla explosiva

Como o cérebro tem muitos receptores de estrogênio, logo que os níveis desse hormônio começam a diminuir, a mulher percebe os impactos no organismo. Além do cansaço, o estresse também aumenta.

Isso ocorre porque o estrogênio é quem ajuda a controlar o cortisol, o hormônio do estresse. Sem estrogênio no nível adequado, essa regulação fica comprometida e o resultado a gente já sabe qual é.

Para saber se o cansaço está acima do aceitável, alguns sinais são claros. A exaustão decorrente da diminuição de hormônios leva à dificuldade de concentração, fraqueza muscular, dores de cabeça frequentes, sonolência ao longo de todo o dia, irritabilidade, ansiedade e falta de motivação para atividades antes prazerosas.

Como recuperar a energia e a disposição na menopausa

A fadiga é uma das queixas mais comuns entre as mulheres no climatério. Se também é o seu caso, procure um especialista para avaliar os índices hormonais e fazer a reposição necessária à saúde e à qualidade de vida.

Outra dica importantíssima: faça atividades físicas. Não se deixe vencer pelo cansaço. Encare os exercícios como parte do tratamento. Eles aumentam a produção de serotonina, endorfina e testosterona, devolvendo a sua indisposição.

Eu sei que parece contraditório, mas faça o teste e depois me conte se a sua energia não melhora quando você sai do sofá e coloca o corpo em movimento.

Aliados contra a fadiga na menopausa

Se o cansaço extremo virou um problema para você, os melhores aliados são:

– Acompanhamento médico especializado e reposição hormonal.
– Psicoterapia, ioga, pilates e meditação para combater a ansiedade e o estresse.
– Atividade física diária, especialmente exercícios de força (musculação).
– Alimentação saudável e natural. Evite industrializados, ultraprocessados, açúcar e bebida alcoólica. Opte por comida de verdade. Descasque mais e desembale menos.
– Organize o sono, com horários para se deitar e se levantar. Não jante muito tarde e duas horas antes de dormir restrinja o uso de telas (celular e televisão), diminua as luzes da casa, ouça música relaxante e tome um banho morno.
– Hidrate-se. A água é a melhor escolha.

Quer saber mais sobre o assunto? Eu nunca me canso de ajudar. Conte comigo!

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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