Menopausa, um assunto das mulheres contemporâneas

Você já se deu conta de que a menopausa é um assunto quase exclusivo das mulheres contemporâneas? Tem a impressão de que na idade antiga ninguém sofria e pouco se falava em sintomas do climatério? Será que a biologia feminina mudou?

Na verdade, não foi a nossa biologia que sofreu alterações. O que mudou mesmo foi a nossa expectativa de vida.

É fato que as mulheres tinham pouca voz no passado e os dilemas femininos eram negligenciados, mas, há alguns séculos, as mulheres sequer viviam o suficiente para chegar à menopausa.

Nesse contexto, temos um enorme privilégio. Estamos aqui, vivas, com muitos anos pela frente! Uma dádiva, não é mesmo?

Dois séculos de mudança

A população brasileira chegou à marca de 214,8 milhões de habitantes, com predominância de mulheres (51,8%), segundo projeções do IBGE. Ainda que a expectativa de vida tenha reduzido em cerca de 3 anos na América Latina por causa da pandemia de Covid-19, os brasileiros vivem, em média, mais de sete décadas.

Os estudos e análises da dinâmica demográfica realizados pelo IBGE mostram que mais de 14,2 milhões de brasileiras têm entre 45 e 49 anos; 12,8 milhões de mulheres estão entre 50 e 54 anos e 11,6 milhões vivem na faixa de 55 a 59 anos, ou seja, pelo menos 38,6 milhões de mulheres chegaram ou vão chegar, muito em breve, ao climatério.

Nem sempre foi assim

No século 17, apenas 28% das mulheres chegavam à menopausa. Hoje, esse número é de 95%.

No século 19, em 1820, a expectativa de vida na Europa, por exemplo, era de 33 anos. Em 1960, girava em torno de 52 anos. Hoje, passa de 80 anos nos países desenvolvidos, sempre com vantagem para as mulheres.

No Brasil, em 1920, a esperança de vida ao nascer era de apenas 34,5 anos. Ou seja, estamos vivendo mais do que o dobro. Na média global, a expectativa de vida é de 73 anos, considerando o retrocesso provocado pela pandemia.

O fato é: estamos envelhecendo e, naturalmente, chegando à menopausa. Ou melhor: vamos muito além da menopausa. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 621 mil pessoas tenham ultrapassado 100 anos de vida em 2021, com tendência de chegar a 1 milhão de centenários até o final desta década. É mais tempo vivendo na pós-menopausa do que no período reprodutivo.

Viver mais ou viver melhor?

Não basta apenas viver mais e comemorar a chegada à menopausa. É preciso passar por essa fase com saúde e qualidade de vida. A Universidade de Birmingham, no Reino Unido, estima que as mulheres passem os últimos 19 anos da vida lidando com problemas de saúde.

E você, o que tem feito para tratar os sintomas do climatério e garantir sua saúde e autonomia pelas próximas décadas? Se não sabe por onde começar, conte comigo. Posso te ajudar a encarar a maturidade e a menopausa com a leveza que você merece!

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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