Avanços nos métodos de reposição hormonal para tratamento da menopausa

Os sintomas do climatério são inúmeros e se apresentam em ordem e intensidade diferentes para cada mulher.

Seja como for, a menopausa não precisa ser uma fase de sofrimento, já que a medicina evoluiu, os diagnósticos são feitos mais precocemente e os tratamentos apresentam cada vez mais benefícios e menos riscos.

A conversa hoje é com você, mulher, que ainda tem medo da terapia de reposição hormonal (TRH).

Estudos antigos são a causa do temor

Muitas mulheres se apegam a estudos antigos, com mais de 20 anos, para desqualificar a terapia de reposição hormonal.
É fato que os hormônios já foram colocados à prova em décadas passadas, mas com o avanço da medicina, vias de aplicação mais modernas, doses ajustáveis e hormônios bioidênticos, a TRH já pode deixar o posto de vilã.

O uso de terapias hormonais chegou a cair mais de 80% após a publicação de um estudo em 2002 que mostrava a associação entre o tratamento hormonal e o risco aumentado de câncer de mama, trombose venosa profunda, AVC e doença arterial coronariana.

No entanto, atualmente, os tratamentos hormonais são diferentes dos utilizados naquela época e bem mais seguros. Ainda que a medicação via oral seja uma alternativa, o uso de gel transdérmico e implantes, por exemplo, ajudam a reduzir os riscos e vêm sendo amplamente indicados.

Além disso, você sabia que a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo são fatores de risco muito maiores para câncer, trombose e outras doenças?

Comece cedo e conte com especialistas em menopausa

Quanto antes as mulheres no climatério iniciam o tratamento, mais eficiente ele será. Além de controlar os sintomas como fogachos, insônia, secura vaginal, instabilidade de humor, ansiedade, depressão e dores articulares, o tratamento precoce reduz a progressão de arterosclerose em comparação com pacientes que não fazem reposição.

A curto, médio e longo prazos, a TRH tem vantagens no bem-estar físico e emocional e previne uma série de doenças. Confira a lista:

• Fratura por osteoporose
• Demência
• Depressão
• Insônia
• Câncer colorretal
• Problemas cardiovasculares, AVC e infarto

Janela de oportunidade

O tratamento para a menopausa tem uma “janela de oportunidade” e você deve conversar com seu ginecologista logo que perceber os primeiros sintomas.

A TRH não tem data para terminar e precisa de acompanhamento periódico, mas quanto antes você começar, melhor. Para a maioria das mulheres, o uso de hormônios é a primeira linha de tratamento, associada à alimentação saudável, atividade física, controle do estresse e sono de qualidade.

Mulheres com risco aumentado de trombose, embolia e câncer hormônio-dependentes (mama, endométrio e ovário) não devem fazer a reposição. Para essas pacientes, a reposição hormonal não é recomendada e outras alternativas são oferecidas.

Leia mais em: Mulher com câncer pode fazer reposição hormonal?

Por isso, reforço: a TRH é segura desde que seja prescrita por um especialista, após uma avaliação individualizada e com exames de rotina. A indicação criteriosa é essencial. Do contrário, se você usar o que a sua mãe, tia, avó, amiga ou vizinha recomendam, é claro que o risco aumenta.

Tem dúvidas sobre a terapia de reposição hormonal? Venha conversar comigo! Juntas, vamos definir o melhor método para o seu caso.

Leia também: Terapia de reposição hormonal: para que serve cada hormônio.

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