Gerontofobia: por que as pessoas rejeitam o envelhecimento?

As pessoas envelhecem. E que bom, sinal de que estão vivas. Como elas vão envelhecer e como lidam com a velhice é que tem sido assunto ao longo da história. A questão é tão intrigante e antiga que mobilizou filósofos como Lao-Tsé, Confúcio e Sócrates em torno do tema.

Na década de 1970, a filósofa francesa Simone de Beauvoir também se inspirou no processo de envelhecimento do marido, Jean-Paul Sartre, para escrever “A Velhice”. Hoje, às vésperas de uma acentuada inversão na pirâmide etária de muitos países, o assunto ainda é tão atual quanto desafiador.

A pergunta é: por que temos tanta resistência ao envelhecimento? Por que a menopausa ainda é uma sentença de que a vida está chegando ao fim, quando, na verdade, é apenas um marco, um novo ciclo que começa?

Envelhecemos todo dia, desde o nascimento

A gente nasce e, desde então, envelhece. Só que chega um dia em que as linhas de expressão, as marcas no rosto, algumas rugas e uns fios brancos de cabelo saltam aos olhos. Os hormônios fazem uma reviravolta em nossas vidas, o climatério dá um alô e… o medo se instala.
Enquanto países como a China, o Japão e a Coreia respeitam e valorizam os mais velhos, no Brasil é feio envelhecer. Perguntar a idade para uma mulher? Nem pensar!!

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que 60% das pessoas têm opiniões negativas sobre a velhice.
É então que nos deparamos com a gerontofobia, uma rejeição desmedida ao envelhecimento e a tudo o que está relacionado à terceira idade, um temor imenso e descontrolado de envelhecer.

E como você pretende se encaixar em um mundo onde uma em cada seis pessoas terá mais de 65 anos em poucas décadas?

De acordo com o estudo Perspectivas da População Mundial 2019, da Organização das Nações Unidas, a América Latina está entre as regiões onde a proporção de pessoas com 65 anos ou mais irá dobrar entre 2019 e 2050.

Menarca e menopausa, dois ciclos de uma mesma história

Vivemos em ciclos. A menarca (primeira menstruação) costuma ser celebrada como símbolo de fertilidade e saúde. Já a menopausa surge como uma “realidade cruel” para muitas mulheres. Mas esse não é o fim. Hoje em dia, com a alta expectativa de vida, esse período é o “meio” das nossas vidas. Então, viva!!

Infelizmente, para muita gente, envelhecer representa perder a competência, a vitalidade e a capacidade quando, na verdade, deveria significar mais sabedoria e experiência.

Se você é do time dos gerontofóbicos, é hora de rever seus conceitos. A vida pode ser altamente produtiva e feliz após a menopausa. A fonte da juventude está em você: é só buscar formas de envelhecer com saúde e qualidade de vida.

Não deixe o medo de envelhecer te dominar

O pavor de envelhecer chega a ser paralisante, o que só piora a situação. O mundo é cheio de exemplos de mulheres incríveis que aos 60, 70, 80 anos ou mais ainda são ativas e dispostas a viver com qualidade de vida, sem receio do julgamento alheio.

Meu convite é que você se inspire nessas mulheres, que conseguem trocar a turbulência da juventude pela sabedoria da maturidade.

Mulheres que encararam com bom humor a menopausa, mudaram hábitos de vida, se alimentam com qualidade, praticam exercícios físicos, manejam o estresse, priorizam a qualidade do sono e vivem plenamente.

Não sabe como fazer isso? Eu vou te mostrar que envelhecer não é sinônimo de doença. O processo de envelhecimento é natural e valorizá-lo e aceitá-lo fará toda a diferença no seu futuro. É só se preparar para isso! Como? Vem cá que eu te conto mais!

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