Menopausa, a “segunda adolescência”

Puberdade e climatério. Duas fases tão distintas e tão semelhantes na vida das mulheres. A primeira é a transição entre a infância e a adolescência. É nesse período que os hormônios estão a mil, o corpo se transforma e o ciclo reprodutivo começa.

Já no climatério… os hormônios começam a falhar e lá vem outra transformação. É o “avesso” da adolescência com sintomas parecidos. De novo o corpo muda, a gente não se reconhece e começa outra transformação. O fato é: caminhamos para o fim da capacidade de procriação.

Se a adolescência simboliza a fertilidade, a menopausa sacramenta a impossibilidade de uma gravidez natural. Feita essa diferenciação, todo o resto é parecido e, se já “sobrevivemos” à puberdade, não tem por que temer o que o climatério nos reserva.

Os anos até a menopausa são marcados por inúmeras mudanças. Todas as transformações a que já fomos submetidas têm uma vantagem: agora temos mais informação, maturidade e experiência. É como olhar no retrovisor e reconhecer o caminho. Ou você já esqueceu como foi a sua adolescência?

Do excesso à escassez

Chegar ao climatério não significa bater à última porta. Longe disso. Tenha consciência de que essa é só mais uma fase, como tantas outras que já vivemos. E, nesse caso, assim como na adolescência, o ponto central são os hormônios – estejam eles em superprodução ou em declínio.

Na adolescência passamos por alterações físicas, psicológicas, cognitivas e sociais. Curvas que o corpo não tinha, espinhas no rosto, ansiedade, irritabilidade e insegurança. Não lhe parece familiar?

Quando os hormônios se despedem, lá vamos nós outra vez: irritação, ganho de peso, labilidade emocional, insegurança, ansiedade, depressão, insegurança, mudanças físicas e psicológicas.

O ciclo menstrual também tem semelhanças. Na adolescência, irregularidades. No climatério, também. Na adolescência, a libido sobe a ladeira. No climatério, desce o morro.

Até o medo de engravidar pode ser comum a adolescentes e climatéricas. Para as novinhas, o temor de uma gravidez não-planejada, fora de hora. Para nós, mulheres maduras, o mesmo risco. Como a queda hormonal é gradativa no climatério, é preciso ficar atenta se não quiser aumentar a família.

A vantagem do climatério

Se há uma vantagem do climatério em relação à adolescência é que já temos mais experiência para lidar com nossas emoções e tantas mudanças. Use esse aprendizado a seu favor, procure orientação médica logo que os sintomas do climatério surgirem e faça dessa fase mais uma oportunidade para celebrar a vida.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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