O humor e a velhice: ser feliz é terapêutico e rejuvenesce

Crescemos associando menopausa à velhice, à decadência física, à doença, à incapacidade e à proximidade da morte. Cobradas por nossa aparência, nos sentimos pressionadas e acreditamos que se a menopausa é velhice, ser velha é nosso fim! Será?

A imagem da mulher idosa frágil, de olhar cansado e sem sonhos, limitada aos cuidados com a casa e os netos começa a ficar no passado. O retrato da velhice está mudando. Ainda bem!

E mesmo que o caminho ainda seja longo para reverter esse olhar que as pessoas têm sobre a menopausa e sobre o envelhecimento, se você está aqui, lendo este post, com certeza já faz parte de um time de novas senhoras.

Hoje nós temos toda a informação necessária para manter a saúde, a disposição, os sonhos e os planos para o futuro. A medicina se modernizou e os tratamentos abriram novos caminhos. Também estamos mais conscientes de que a qualidade de vida depende de atividade física, alimentação natural e boas noites de sono.

Mas não é só isso! Você sabia que ser feliz rejuvenesce? O post de hoje é dedicado justamente a isso: a felicidade como tratamento de saúde.

O humor e a velhice: vamos viver mais tempo na “terceira idade”

Há 50 anos, ser feliz depois da menopausa não era uma preocupação. Na década de 1960, a expectativa de vida era de 52 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando a menopausa se aproximava, a mulher já estava, de fato, perto da morte.

Hoje é diferente. Vamos viver pelo menos mais três décadas após a menopausa, indicam as estatísticas. Não dá para abrir mão de ser feliz! Nem ficar chorando pelo que já passou. A questão é: o que faremos de agora em diante?

O corpo mudou, os filhos saíram de casa, a maturidade trouxe aprendizados importantes, você não quer mais a correria frenética da juventude. Você não é mais a mesma e isso não é ruim! É hora de refazer a rota e agradecer porque, hoje, temos muito mais condições de viver bem após a menopausa.

O humor e a velhice: envelheça em paz

A felicidade é um antídoto poderoso. Pesquisadora na área do envelhecimento e longevidade, a antropóloga e escritora Mirian Goldenberg defende o sorriso e a alegria como fatores essenciais no tratamento do climatério.

Em seu livro “A Invenção da Bela Velhice”, Goldenberg destaca a importância de ter um projeto de vida (o seu, não aquele que os outros impuseram), de buscar um significado para a existência, de aprender a dizer não, de valorizar as amizades, de vencer os medos, de viver todos os dias em plenitude, de respeitar as próprias vontades e desejos e dar muitas risadas. Para ela, os velhos (sim, ela usa esse termo) têm que ser os protagonistas das suas vidas.

Em outra obra, “Liberdade, Felicidade e Foda-se”, a escritora faz um alerta e, ao mesmo tempo, um convite para que todos aceitem o desafio e tenham a coragem de inventar uma vida mais livre e mais feliz. A antropóloga garante que há uma mudança de mentalidade em curso: ainda existe quem policie o envelhecimento feminino, mas cresce o número de mulheres que defendem a liberdade de envelhecer em paz.

Como ser feliz na menopausa?

Em primeiro lugar, é necessário querer envelhecer bem. Querer ser feliz! É preciso permitir-se explorar as próprias possibilidades e ressignificar esta etapa da vida com escolhas positivas, que tragam bem-estar. Crie oportunidades para rir, pois isso muda a perspectiva e melhora a saúde.

Sorria, pois o riso rejuvenesce, aumenta a longevidade, alivia a tensão, reduz o estresse e libera serotonina e endorfina, substâncias que trazem sensação de bem-estar. Além do mais, quem sorri atrai amigos, que, nessa fase da vida, se tornam cada vez mais importantes.

Cultive as amizades, viaje, escolha um novo hobby, divirta-se. Quem são as pessoas que te fazem sorrir? Aproxime-se delas. Livre-se de fardos e obrigações apenas para se enquadrar. Assuma sua própria identidade. Deixe claro o seu desejo. Faça valer a sua vontade. Você não precisa mais provar nada a ninguém!

E se parece difícil adotar essa postura autoconfiante e esbanjar felicidade, conte comigo para ajudar.

Por: Dra Natacha Machado 

Ginecologista – CRM/SC 20516 | RQE 11831 | TEGO 0685/2005

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